– 25 horas creditadas pelo CCPF – CCPFC/ACC-112768/21
FORMADORA
Ângela Freitas
DESTINATÁRIOS
Docentes de todos os grupos de recrutamento
CALENDARIZAÇÃO
- 13, 20 e 27 de setembro: 14h30 – 19h30;
- 14 e 21 de setembro: 09h00 – 14h00.
Inscreva-se aqui: https://www.spm-ram.org/spm_onsite/index.php?r=inscricao/create&id=653
JUSTIFICAÇÃO
Abordar a temática da sexualidade na sala de aula, especialmente no que diz respeito a alunos com necessidades educativas especiais, parece, ainda, ser uma tarefa constrangedora para muitos docentes.
De acordo com Almeida (2007), quando consideramos um adolescente com deficiência, a expetativa de que venha a ser independente é muito grande, mas a tendência dos pais e da sociedade é considerá-los como “eternas crianças” e seres assexuados.
É por isso essencial que educadores e professores e todos aqueles que lidam com estas crianças ou jovens sejam capazes de compreender a importância da educação para a sexualidade e de adotar estratégias de apoio que desmistifiquem mitos, tabus e medos, frequentes na educação sexual de alunos deficientes.
OBJETIVOS
- Diferenciar o conceito de sexo, sexualidade, deficiência ou incapacidade;
- Distinguir as diferenças sexuais e de género;
- Conhecer mitos, tabus e medos frequentes.
- Conhecer algumas estratégias de intervenção psicossocial;
- Aprender a identificar as manifestações sexuais na infância e na adolescência;
- Identificar os sinais de alerta de abuso sexual na infância e de menores;
- Analisar casos práticos e estudos de caso de crianças e jovens com NEE, numa perspetiva de aliar a teoria à prática;
- Produzir materiais adequados e programas de intervenção para a sexualidade como resposta a casos concretos de alunos com NEE.
CONTEÚDOS
- Apresentação da formadora e dos formandos, explicitação das modalidades de avaliação e dos conteúdos a abordar ao longo da formação. (30 min)
- Módulo I – Educação Sexual (3h30)
- Educação sexual: o que é?
- Reflexão sobre os conceitos de sexo, sexualidade, deficiência ou incapacidade.
- Identificação sexual: diferenças sexuais e diferenças de género nos comportamentos e atitudes sexuais.
- A descoberta da sexualidade: corpo e orientações sexuais.
- Educação sexual na deficiência.
- Que educação sexual se deve implementar?
- Módulo II – Educação sexual na infância, adolescência e juventude (4h00)
- Manifestações sexuais na infância: jogos sexuais; curiosidade sexual e masturbação infantil.
- Abuso sexual na infância.
- Características da sexualidade na pré-adolescência (2.º ciclo do ensino básico), na primeira-fase da adolescência (3.º ciclo do ensino básico) e na fase tardia da adolescência (ensino secundário).
- Comportamentos sexuais de risco na adolescência e juventude: doenças sexualmente transmissíveis.
- Métodos contracetivos e interrupção voluntária da gravidez.
- Abusos sexuais na adolescência.
- Violência nas relações amorosas.
- Discussão e resolução de situações problemáticas.
- Módulo III – A deficiência e a sexualidade. (5h00)
- Sexualidade e a Perturbação do Desenvolvimento Intelectual.
- Sexualidade e a Deficiência Motora.
- Sexualidade e a Paralisia Cerebral (PC).
- Sexualidade e a Perturbação do Espetro do Autismo.
- Visualização de uma reportagem da jornalista Alexandra Borges, Repórter TVI “Nas asas do desejo”, seguida de debate.
- Módulo IV – Educação e orientação sexual (5 horas)
- Educação sexual implícita e educação sexual explícita.
- Papel da Escola na educação sexual dos alunos com deficiência.
- Módulo V – Sugestões de intervenção pedagógica a partir da análise de casos práticos e estudos de caso. (6h00)
- Construção de um Projeto de Educação Sexual para alunos com NEE (trabalho de grupo).
5.3. Apresentação oral do trabalho de grupo final.
- Avaliação da formação. (1h00)
METODOLOGIA
- Exposição/Apresentação teórica e teórico/práticas.
- Metodologia diversificada, privilegiando os métodos ativos centrados no envolvimento ativo (cognitivo e motivacional) dos formandos no processo de aprendizagem (ex.: brainstorming; dinâmicas de grupo; debates; reflexão partilhada; reflexão individual; trabalho de grupo e dramatizações).
- Trabalho individual.
- Trabalho a pares.
- Partilha de pontos de vista e apresentação das conclusões.
- Trabalho de grupo.
- Discussão em pequeno e em grande grupo.
AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS
Os formandos serão avaliados conforme estipulado na Carta Circular CCPFC -3/2007 do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua: «Excelente – de 9 a 10 valores;
Muito Bom – de 8 a 8.9 valores; Bom – de 6.5 a 7.9 valores; Regular – de 5 a 6.4 valores; Insuficiente – de 1 a 4.9 valores.»
Os formandos serão ainda avaliados tendo em conta os seguintes parâmetros: Trabalho individual: 35%
Trabalho de grupo : 25% Intervenções pertinentes: 10% Tarefas realizadas nas sessões: 15% Empenho global na ação: 15%% Empenho global na ação: 15%
BIBLIOGRAFIA
American Psychiatric Association. (2014). DSM 5 – Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais. JC Fernandes (ed.). 5ª Edição. Lisboa: CLIMEPSI Editores.
Anastácio, Z.F.C. (2007). Educação sexual no 1º CEB: Concepções, Obstáculos e Argumentos dos Professores para a sua (não) Consecução. Tese de Doutoramento, Universidade do Minho.
Antunes, M. L., Dias, A. M., Marques, L., Ramalheiro, C., Seabra, M. E. e (2002). Educação Sexual no dia-a-dia da prática educativa. Braga: Edições Casa do Professor.
Aranha, M. & Maia, A. (2005). Relatos de professores sobre manifestações sexuais de alunos com deficiência no contexto escolar. Interação em Psicologia, 1,103 – 116.
Araújo, A. (2002). Educação Sexual com adolescentes e jovens portadores de deficiências mentais. Revista de Sociedade de Psicologia do Triângulo Mineiro. 6, 63-90.