A Psicomotricidade como metodologia facilitadora de aprendizagens nos domínios cognitivo, socioafetivo e psicomotor – Uma abordagem holística e alternativa

6 Mai

Validada pela DRE

ITG-2818/22

30 horas [15 horas presenciais + 15 horas trabalho autónomo] validadas pela DRE

FORMADOR

Nuno Pinto

LOCAL

Sede do SPM

DESTINATÁRIOS

Docentes de todos os grupos disciplinares

JUSTIFICAÇÃO

A presente Oficina de Formação propõe-se apresentar a Psicomotricidade como uma metodologia de gestão do processo ensino-aprendizagem, disponível aos docentes de qualquer ano e área de ensino, para o trabalho de conhecimentos e competências transversais a qualquer domínio de aprendizagem (cognitivo, socioafetivo e psicomotor).

Nesta linha de intervenção, no final da presente Oficina de Formação, sob uma perspetiva generalista, pretende-se que os docentes fiquem habilitados a dinamizarem no contexto da sua escola, conteúdos programáticos, assim como a desenvolverem competências nos respetivos discentes, recorrendo a uma metodologia de ensino alternativa às mais comuns (método expositivo dialogado, trabalhos de grupo,…) e que utilizará o corpo como mediador da prossecução dos respetivos objetivos pedagógicos.

Tal propósito ganha relevância, em virtude de as evidências científicas apontarem para o facto de o cruzamento da utilização, de forma correta, de diferentes metodologias de ensino- aprendizagem, por parte dos docentes, a que se soma a vivência corporal, por parte dos alunos, de competências a serem adquiridas, apontarem para o elevar dos níveis motivacionais dos discentes e,

por conseguinte, para uma maior probabilidade de sucesso da aprendizagem  e durabilidade da mesma.

CONTEÚDOS

  • A diversidade da metodologia pedagógica e respetivos fundamentos operacionais.
  • A aprendizagem segundo William Blasser.
  • Uma abordagem crítica a uma tipologia dos métodos pedagógicos.
  • Análise das premissas para uma correta utilização dos métodos pedagógicos afirmativos, interrogativos e ativos.
  • Apresentação de um conjunto de métodos pedagógicos ativos.
  • A(s) estrutura(s) de implementação de métodos pedagógicos ativos.
  • A Psicomotricidade como metodologia facilitadora de aprendizagens nos domínios do saber.
  • Os três domínios de aprendizagem e a interdependência entre os mesmos.
  • Abordagem conceptual: psicomotricidade, fatores psicomotores e vivência corporal.
  • A psicomotricidade versus a atividade/educação física.
  • A importância do “jogo” e do “brincar” no processo ensino-aprendizagem.
  • O trabalho em sala de aula dos fatores psicomotores como elementos potenciais de preparação e/ou dinamização de aprendizagens.
  • O corpo como mediador da prossecução de objetivos pedagógicos de natureza cognitiva e/ou socioafetivos e/ou (psi)motora.
  • A conceção e implementação de atividades de natureza psicomotora como método pedagógico ativo propiciador de aprendizagens nos domínios cognitivo, socio afetivo e (psi)motor.
  • Atividades práticas que implicam uma vivência corporal no trabalho pedagógico de conteúdos programáticos decorrentes das áreas em que os docentes desenvolvem a sua intervenção pedagógica.
  • A vivência de atividades de natureza psicomotora conduzidas pelo formador.
  • A conceção e implementação pelos formandos de atividades de natureza psicomotora.
  • Análise crítica deste conjunto de vivências num registo de autoavaliação, heteroavaliação e avaliação pelo formador.

METODOLOGIA DA FORMAÇÃO

A presente Oficina de Formação ostenta a coexistência de uma componente teórica e outra prática. Primeiramente, será realizada uma exploração teórica dos conteúdos programáticos, preferencialmente, num registo grupal. Concomitantemente, os formandos serão constantemente desafiados a “saltar” para a dimensão prática, onde terão a possibilidade de vivenciar o que foi abordado numa dimensão teórica.

Em termos de metodologia pedagógica, iremos utilizar um conjunto de diferentes métodos, desde os mais tradicionais – expositivo dialogado -, passando pelo método interrogativo, assim como por um conjunto de métodos pedagógicos ativos, onde iremos privilegiar as atividades de natureza psicomotora.

A componente prática de trabalho, a que correspondem as horas não presenciais, consistirá na elaboração individual e implementação, em sessão de formação presencial, de uma atividade onde o processo de aprendizagem se encontra relacionado com um ou vários conteúdos programáticos que façam parte da disciplina que cada docente leciona, em contexto escolar real, e o método pedagógico utilizado será uma atividade psicomotora.

AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS

Iremos considerar a avaliação dos formandos, qualitativa e quantitativa, segundo o modelo definido para a formação contínua dos docentes através da Carta Circular CCPFC 3/2007. Deverá refletir, em todas as atividades formativas, presencias e/ou à distância o desempenho do formando.

Escala de Avaliação/Classificação de referência (ECD) Segundo a Carta Circular CCPFC – 3/2007, de Setembro de 2007 Excelente – de 9 a 10 valores;

Muito Bom – de 8 a 8,9 valores; Bom – de 6,5 a 7,9 valores; Regular – de 5 a 6,4 valores; Insuficiente – de 1 a 4,9 valores

Critérios:

Participação/Intervenções orais ao longo do processo de formação presencial:

  • pertinência, adequação às temáticas, iniciativa e espírito crítico – 20%; Plano da Atividade Prática dinamizada na última sessão de formação:
  • aquisição e aplicação dos conhecimentos adquiridos – 40%;

Relatório final – Análise qualitativa com base num conjunto de critérios definidos juntamente com os formandos que avaliará a qualidade da implementação prática da atividade na última sessão:

  • qualidade e originalidade do trabalho, espírito crítico, adequação às temáticas, coesão e coerência do discurso – 40%.

BIBLIOGRAFIA

***Antunes, C. (2003). O jogo infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir. Petropolis, RJ: Vozes Boccato, V. (2006). Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. Cidade São Paulo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 265-274. Costa, A. (2002). Psicopedagogia e Psicomotricidade: Pontos de intersecção nas dificuldades de aprendizagem. Petrópolis, Vozes.

*Denzin, N. & Lincoln, Y. (2006). Planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2 ed. Porto Alegre: ARTMED.

*Ferreira, M. (2003). A necessária associação entre Educar e Cuidar. Pátio Educação Infantil, 10-12, abr/jul.

*Fonseca, V. (2021). Manual de observação psicomotora. Lisboa: Âncora Editora.

*Fuentes, N. (2018). Preceptoria Parapedagógica na formação docente conscienciológica. Revista de Parapedagogia, Foz do Iguaçu, p. 3-14.

*Fuentes, N. (2020). O processo de Aprendizagem e o Papel do Educador. Revista de Parapedagogia, Foz do Iguaçu, p. 77-99, 2020.

*Huot, R. (2002). Métodos quantitativos para as ciências humanas (tradução de Maria Luísa Figueiredo). Lisboa: Instituto Piaget.

**Illeris, K. (2013). Teorias Contemporâneas da Aprendizagem. Porto Alegre: Penso. Kishimoto, T. (2002). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez.

*Mendonça, R. (2004). Criando o ambiente da criança: a psicomotricidade na Educação Infantil. In: ALVES, F.

*Como aplicar a psicomotricidade: uma atividade multidisciplinar com amor e união. Rio de Janeiro: Wak.

**Moyles, Janet R. (2002). Só brincar? O papel do brincar da educação infantil. Porto Alegre: Artmed. Oliveira, V. (2000). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes.

*Piaget, J. (1998). A psicologia da criança. Ed Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

*Rolim, A.; Guerra, S.; Tassiny, M.,(2008). Uma leitura de Vygotsky sobre o brincar na aprendizagem e no desenvolvimento infantil. Rev. Humanidades, Fortaleza, v. 23, n. 2, p. 176-180, jul./dez.

*Teixeira, C. (1995). A ludicidade na escola. São Paulo: ed. Loyola.

*Vigotsky, L. (1998). Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone: Editora da Universidade de São Paulo.

*Walon, H. (1995). Psicologia e educação da infância. Rio de Janeiro: Estampa.

**Bloom, B. Taxonomia de Objetivos Educacionais-Domínio Cognitivo. Porto Alegre: Ed. Globo, 1972. Braathen, P. C. Professor: Como ter sucesso no Ensino Superior. Viçosa: Aprenda Fácil, 2013.

*De Aquino, C. Como aprender: andragogia e as habilidades de aprendizagem. 1ª Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *