Intervenção Docente nos Primeiros Socorros Psicológicos: Antes, Durante e Depois da Crise

23 Fev

– 15 horas, em processo de validação pela DRE

Data da Realização

  • 18 de março: das 14h30 às 19h30;
  • 19 de março: das 14h00 às 18h00;
  • 25 de março: das 14h30 às 18h30

FORMADORA

Susana Gonçalves        

LOCAL

Sede do SPM

DESTINATÁRIOS

 Docentes de todos os grupos disciplinares

RAZÕES JUSTIFICATIVAS

Tal como nas “novas guerras”, nas “novas ameaças”, na redefinição do conceito de segurança, na estratégia, constata-se a aplicação do termo crise em situações novas ou, pelo menos, diferentes daquelas a que normalmente se referia o conceito, que eram no espectro conflitual entre Estados e na ameaça de guerra. Efetivamente, na atualidade, tem-se assistido à aplicação do termo em vários âmbitos, associado a diversos fenómenos. As crises podem ser políticas, militares ou humanitárias, podendo ser causadas por conflitos armados ou políticos, incidentes tecnológicos ou desastres naturais. A maneira de lidar com uma crise depende da sua natureza, dimensão e gravidade.

Para responder da melhor forma a situações de verdadeira crise, não serve a “intuição como forma de análise e o improviso como atitude”, nem chega a boa vontade para cooperar… Os riscos poderão ser enormes. É realmente necessário um conceito claro, que de limite o fenómeno, e um sistema de gestão eficaz, que maximize a eficiência da resposta e minimize os efeitos nefastos de uma qualquer “verdadeira situação de crise”.

As experiências traumáticas fazem parte da história da humanidade. Desde os primórdios encontramos relatos sobre os dois tipos fundamentais de trauma. Há os traumas causados por desastres naturais (terramotos, tornados, etc.) e os traumas gerados pela ação do homem como guerras, terrorismo, as variadas formas de violência, os acidentes, etc.

Catástrofes naturais, acidentes multivítimas e atos de terrorismo, são hoje em dia as “guerras dos países em paz”. São batalhas travadas contra o inimigo silencioso que raramente avisa o início do ataque e que provoca um constante sobressalto na sociedade em geral.

O século passado, o mais mortal da história da humanidade, no que diz respeito a este tipo de situações, fez despertar a necessidade de responder com uma assistência médica e humanitária melhor e mais reforçada a estas vítimas. Cada vez mais as vitimas e a própria comunidade em geral exige aos sistemas de socorro de cada país uma resposta pronta e de qualidade a estes incidentes inopinados. Daí a pertinência deste curso de formação para os docentes saberem como deverão atuar perante alunos e famílias vítimas de crises e também para promover a prevenção das crises e saber realizar os encaminhamentos de vítimas para serviços especializados, tal como acontece nesta crise pandémica do COVID-19 que estamos todos a vivenciar no nosso dia-a-dia.

OBJETIVOS A ATINGIR

Objetivos gerais:

Capacitar os formandos com conhecimentos básicos para, no âmbito da operacionalização da sua prática pedagógica, intervirem

em situações de crise;

Definir regras de atuação, a fim de minimizar possíveis consequências traumáticas, que poderão decorrer destas situações;

Prevenir possíveis consequências negativas no sucesso educativo dos discentes.

Objetivos específicos:

Dotar os formandos de ferramentas para avaliação do impacto psicológico de um incidente crítico;

Preparar para gerir, em contexto escolar, o stress perante incidentes críticos;

Treinar técnicas específicas de intervenção na crise e redução do stress;

Habilitar os formandos para realizar o adequado encaminhamento das vítimas para os Serviços e Apoios adequados a cada caso.

METODOLOGIA

O curso é composto por sessões síncronas e assíncronas divididas da seguinte forma:

Ao longo das sessões será adotada uma metodologia teórico-prática.

A componente teórica (com recurso a metodologias expositivas e a suportes de meios audiovisuais) irá alternar com a componente prática, na qual serão apresentados, pela formadora, materiais práticos e bibliografia de apoio, para análise, reflexão conjunta e realização de trabalhos (utilização e produção de materiais de intervenção educativa, de acordo com a realidade concreta de cada formando).

CONTEÚDOS

1. O que é uma Crise

1.1. A natureza da crise

1.2. Sinais de aviso e críticos de uma crise

1.3. Influência de um incidente crítico sobre o rendimento escolar dos alunos;

1.4. Sintomas de um impacto traumático no comportamento em espaço de sala de aula e no ambiente escolar

1.5. Possíveis consequências psicossociais de um incidente crítico / impacto psicológico.

2.“Emergências“ Psicológicas

2.1. O que é uma emergência psicológica.

2.2. Como atuar perante uma emergência psicológica em contexto escolar.

3. Intervenção na Crise

3.1. Definição e princípios básicos.

3.2. Agentes de mudança, dando relevância aos agentes em contexto escolar.

3.3. Gestão do stress, no contexto de sala de aula, perante incidentes críticos.

3.4. Atuação perante uma vítima de um incidente crítico e perante familiares / amigos: o papel do Diretor de Turma

3.5. Avaliação do impacto psicológico de um incidente crítico e como fazer os encaminhamentos necessários.

AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS

A avaliação será individual, qualitativa e quantitativa, expressa numa escala numérica de 1 a 10 valores, nos termos previstos na Carta Circular CCPFC – 3/2007, de setembro de 2007, do Conselho Científico Pedagógico da Formação Contínua e com base nos seguintes critérios: 

A avaliação será realizada com base nos seguintes critérios:

*participação (20%):

– Iniciativa e espírito crítico

*execução de trabalhos ao longo da formação (40%):

– adequação às temáticas trabalhadas ao longo das sessões.

*trabalho individual final – estudo de caso/plano de intervenção (40%):

– identificar e seleção do(s) cas(s), mediante os comportamentos e sinais que levarão à intervenção;

– utilização correta das ferramentas;

– encaminhamento(s) adequado(s).

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