EDUCAR PARA A CONVIVÊNCIA NA ESCOLA: UM DESAFIO

27 Jul

FORMAÇÃO VALIDADA PELA DRE

CARGA HORÁRIA

15 HORAS

11, 18 e 25 de setembro: 09h00-14h00

MODALIDADE

Presencial

FORMADORA

Sofia Henriques

JUSTIFICAÇÃO

       A escola partilha um conjunto de caraterísticas que acarretam tensões e conflitos. O desafio atual passa por desenvolver uma educação para a convivência e para a gestão construtiva das conflitualidades, no sentido de se construir uma cultura de paz e de salutar convivência.

       De acordo com Caireta e Barbeito (2005), a escola deve constituir um espaço no qual crianças e adolescentes possam construir aprendizagens escolares e socioemocionais e, simultaneamente, aprendam a conviver de maneira democrática, convertendo-se nos protagonistas de sociedades mais justas e de maior participação.

       Segundo González-Pérez e Del Pozo (2015) educar para a não violência significa mediar, criar pontes que procurem evitar o aparecimento de problemas e dificuldades futuras, através da sua prévia identificação e da rápida intervenção, ensinando capacidades e competências aos alunos no sentido de melhorar as suas relações interpessoais.

       Infelizmente os alunos chegam à escola cada vez menos preparados, sem regras de convivência social, sem hábitos de estar em sala de aula, sem respeito pelo professor.

       Atendendo a esta situação verifica-se o aumento dos conflitos nas escolas, surgindo a necessidade de implementar mecanismos que atenuem as oportunidades de surgimento de situações de conflito e os riscos a ela associados.

       Assim sendo parece-nos de todo pertinente munir os docentes de estratégias que lhes permitam lidar com as diferentes confrontações que surgem no espaço escolar.

DESTINATÁRIOS

Docentes de todos os grupos disciplinares

CONTEÚDOS

I. Conflito e convivências nas Escolas (5 Horas)

1.1. Conflito

1.2. O que ocorre quando acontece um conflito

1.3. Tipos de problemas e conflitos no âmbito escolar

1.4. Fatores que contribuem para situações de conflito escolar

1.5. Modelos e estratégias de gestão de conflitos nas escolas.

2. Antes do conflito: desenvolver relações positivas (5 Horas)

2.1. À descoberta de cada um

2.2. Tolerância

2.3. Cooperação

2.4. Comunicação Positiva

2.5. Expressão e Gestão Positiva de Emoções

3.  Durante o conflito: a gestão construtiva de conflitos no contexto educativo (4 Horas)

3.1. A negociação no contexto educativo

3.2. Conciliação

3.3. Mediação

3.4. Outros Procedimentos

4.  Depois do conflito: integrar e generalizar a aprendizagem (1 Hora)

Número total de horas de formação: 15 horas

METODOLOGIA DA FORMAÇÃO

               Esta formação encontra-se dividida em 4 partes: “Conflito e convivências nas escolas”, “Antes do conflito: desenvolver relações positivas”, “Durante o conflito: a gestão construtiva de conflitos no contexto educativo” e “Depois do conflito: integrar e generalizar a aprendizagem”.

         Todas as sessões serão teórico/práticas, privilegiando os métodos centrados no envolvimento ativo (cognitivo e motivacional) dos formandos no processo de aprendizagem.  

         A componente teórica será auxiliada por diapositivos e a componente prática por atividades, dinâmicas, testes de auto-diagnóstico, jogos pedagógicos, histórias, vídeos… A componente prática poderá ser realizada ora individualmente ora em grupo.

         Iniciaremos a formação com uma dinâmica de apresentação “As letras do meu nome”.

         Na primeira parte da formação iremos abordar “Conflito e Convivências nas Escolas”, refletindo sobre o conceito de conflito, tipos de problemas e conflitos no âmbito escolar, fatores que contribuem para situações de conflito escolar e modelos e estratégias de gestão de conflitos nas escolas. Começaremos por apresentar um vídeo “A Aula” que retrata alguns comportamentos problemáticos em contexto de sala de aula. Os formandos serão convidados a realizarem um trabalho de grupo sobre a definição de conflito e individualmente irão preencher um Questionário de Estilos de Gestão de Conflito do Professor.

         Relativamente à segunda parte da formação, será trabalhada a importância de prevenir os conflitos através do desenvolvimento de relações positiva sendo trabalhadas as competências do autoconhecimento, da tolerância, da cooperação, da comunicação positiva e da expressão e gestão positiva de emoções. Os docentes serão convidados a visualizar o vídeo “Regras da sala de aula” e a realizar diversas atividades de modo a desenvolverem as competências referenciadas acima: “Quem sou eu?”, “Nem sempre igual nem sempre diferente”, “As vantagens dos defeitos”, “Ajudar faz descongelar”, “Ouvir ou escutar?”, “Espirais positivas”, “Emoções baralhadas”, “Escalada do conflito” e “Responder à raiva”.

           Na terceira parte iremos debruçar-nos sobre a gestão construtiva de conflitos no contexto educativo incidindo sobre a negociação no contexto educativo, a conciliação, a mediação, entre outros procedimentos. Será apresentado o vídeo “Paz nas escolas “e os docentes realizarão algumas atividades “Imagens que falam”, “Conflitos desenrolados”, “Preparação da negociação”, “Vamos negociar?” e “Questionário de eficácia negocial de conflitos na escola”.

            A última parte da formação será dedicada aos pós conflito em que iremos refletir sobre a integração e generalização da aprendizagem. Os formandos irão visualizar o vídeo “As frases mais inspiradoras do pequeno príncipe”.

           Esta será a metodologia adotada ao longo da Formação tendo como objetivo munir os docentes de ferramentas, estratégias, atividades, recursos que poderão utilizá-los na sala de aula com os seus alunos, permitindo assim a promoção de uma Educação para a Convivência.

AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS

A avaliação será realizada da seguinte forma:    – Participação – 30% (frequência, pertinência, capacidade de reflexão – exemplos de conflitos, sugestões de resolução…); – Empenho – 30% (interesse demonstrado nas temáticas, motivação para a aplicação dos conhecimentos adquiridos na sua prática pedagógica e propostas de intervenção); – Trabalho Final – 40% (reflexão crítica que evidencie as aprendizagens efetuadas em contexto de formação). A avaliação será individual, qualitativa e quantitativa, expressa numa escala numérica de 1 a 10 valores, nos termos previstos na Carta Circular CCPFC – 3/2007, de setembro de 2007, do Conselho Científico Pedagógico da Formação Contínua, com a seguinte classificação de referência: 1 a 4,9 valores – Insuficiente 5 a 6,4 valores – Regular 6,5 a 7,9 valores – Bom 8 a 8,9 valores – Muito Bom 9 a 10 valores – Excelente A ação será avaliada, tanto pelos formandos como pelos formadores, através de questionários próprios.

BIBLIOGRAFIA

– CUNHA, P., & MONTEIRO, A. P., (2018), Gestão de conflitos na escola,  Pactor, Lisboa.
– FERREIRA, A. L. F. et al., (2018), Gestão de conflitos em sala de aula, Coisas de Ler, Lisboa.
– CUNHA, P., & MONTEIRO, A. P., (2018), Gestão de conflitos na escola,  Pactor, Lisboa.

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