Avaliação da aprendizagem. Da compreensão do conceito à prática de uma avaliação mais abragente e justa

12 Jun

Estimada/o Colega:

Informamos que esta formação foi adiada para SETEMBRO.

Realizar-se-á nos seguintes dias e horário:- 3,4 e 5 de setembro, das 9h00 às 13h00, e das 14h30 às 17h30;- 9 de setembro, das 9h00 às 13h00.

FORMADORA

Ângela Silva

JUSTIFICAÇÃO

A avaliação das aprendizagens, para além de ser um conceito polissémico, tem sido pouco relevada seja na formação inicial dos docentes, seja na própria formação contínua a eles destinada. Muitas razões poderiam ser elencadas para esta lacuna na preparação profissional docente, de entre elas a própria natureza do processo avaliativo que, sendo da responsabilidade de cada docente e realizando-se no reduto da sua sala de aula, apenas emerge e ganha visibilidade quando as funções que lhe são inerentes impõem tempos e espaços onde os professores, na sua dimensão de avaliadores, são chamados a apresentar juízos avaliativos relativos a cada um dos seus alunos.

  São estes tempos e espaços, onde confluem juízos avaliativos díspares, que indiciam não só a polissemia do conceito de avaliação mas também, e sobretudo, práticas avaliativas profundamente contrastadas – umas extremamente redutoras, outras bastante diversificadas e abrangentes – reveladoras dessa desigualdade no modus operandi dos profissionais da educação e que, se por um lado se ligam aos modelos de ensino-aprendizagem que são desenvolvidos, por outro lado, também se prendem com a (quase) ausência de reflexão e de debate, nos grupos disciplinares e nas escolas, sobre esta dimensão profissional transversal a todos os docentes qualquer que seja a natureza da disciplina que representem.

  Por mais esforços que as lideranças desenvolvam no sentido de uniformizar, burocraticamente, as práticas avaliativas, por mais grelhas de avaliação que sejam adotadas ou impostas, para nelas serem justificados, com números e parâmetros comuns, os níveis avaliativos atribuídos, só é possível praticar uma avaliação abrangente e justa quando cada docente compreender a essência, as fisionomias e a abrangência do conceito de avaliação e, de entre eles, priorizar e desenvolver uma avaliação de características formativas, envolvendo ativamente cada aluno e responsabilizando-o pelo seu processo de ensino-aprendizagem. Para tal, para além do envolvimento desejável de cada aluno na definição dos parâmetros avaliativos da disciplina é urgente desenvolver um olhar diferente em relação aos tradicionais instrumentos que são utilizados na avaliação das aprendizagens, rentabilizando-os formativamente e dando a cada aluno maiores hipóteses de se responsabilizar pela sua própria aprendizagem em cada teste ou outro instrumento de avaliação que é aplicado pelo professor.

DESTINATÁRIOS

 Docentes do 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico

METODOLOGIA

A ação de formação será desenvolvida em duas partes: uma parte teórica e uma parte prática.

 Metodologia da parte teórica:

  • Exposição dos conteúdos propostos com recurso às conceções de vários investigadores portugueses e estrangeiros;
  • Leitura de documentos e formação de opinião sobre eles;
  • Debate sobre os conceitos apresentados.

Metodologia da parte prática

  • Construção de um instrumento de avaliação que tenha funções formativas e geradoras de aprendizagem.
  • Apresentação em grande grupo com debate sobre as potencialidades dos instrumentos de avaliação apresentados.

Apresentação das prestações dos formandos relativas às suas concepções e práticas avaliativas à entrada e saída de formação.

CONTEÚDOS

Conteúdos Tempo
1-Polissemia do conceito de avaliação 1 hora
2-As quatro gerações da avaliação 3 horas
3- As funções da avaliação 2 horas
4- As modalidades de que se reveste a avaliação 3 horas
5-A avaliação e o modelo pedagógico privilegiado 2 horas
6-As características da avaliação plasmada na legislação em vigor 3 horas
7- Características da avaliação promotora da aprendizagem 2 horas
8- Instrumentos de avaliação formativa: o Relatório, o Portefólio e o Teste em duas fases 4 horas
9-Construção e apresentação de um teste em duas fases 5 horas

 

AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS

Os formandos serão avaliados conforme estipulado na Carta Circular CCPFC -3/2007 da responsabilidade do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua.

«Excelente – de 9 a 10 valores;

Muito Bom – de 8 a 8.9 valores;

Bom – de 6.5 a 7.9 valores;

Regular – de 5 a 6.4 valores;

Insuficiente – de 1 a 4.9 valores.»

  • A avaliação dos formandos abarcará o processo de desenvolvimento da ação e o produto do trabalho realizado, incidindo na dimensão individual do seu desempenho bem como na qualidade do trabalho de cada grupo.
  • Ao longo da apresentação dos conteúdos da ação serão recolhidos dados individuais sobre a assiduidade, o interesse e a participação evidenciada nas temáticas apresentadas (50%).
  • Como produto, será apreciado o instrumento de avaliação construído em trabalho de grupo para ser aplicado em duas fases de modo a permitir a avaliação formativa e a oferecer aos alunos novas oportunidades de aprendizagem (50%).

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