
Formação Validada pela DRE ITG-3998/25
Carga horária: 15 horas
Formadora: Sónia Bastos
Destinatários: Docentes dos grupos de recrutamento 100, 100EE, 110EE Calendarização: 30 de setembro, 1 e 3 de outubro de 2025: 14h30/ 19h30 Local: SPM
JUSTIFICAÇÃO DA AÇÃO
A literacia financeira é um pilar fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade mais consciente e economicamente equilibrada. Ao promover hábitos de consumo responsáveis e uma gestão eficiente dos recursos financeiros, permite-se que os indivíduos tomem decisões informadas, minimizando os riscos de endividamento e garantindo maior estabilidade económica a longo prazo. Ter conhecimentos sólidos sobre finanças pessoais não só melhora a qualidade de vida dos cidadãos, como também contribui para o crescimento económico sustentável. Assim sendo, a escola desempenha um papel essencial, não apenas na transmissão de conhecimentos, mas também na formação de cidadãos preparados para enfrentar os desafios financeiros do quotidiano. A educação financeira, quando integrada no currículo escolar, capacita os alunos a compreenderem conceitos como poupança, investimento, planeamento orçamental e gestão do crédito, promovendo uma relação mais equilibrada com o dinheiro. Além disso, esta formação contribui para a redução das desigualdades sociais, ao proporcionar a todos, independentemente da sua origem socioeconómica, as ferramentas necessárias para uma vida financeira mais estável e segura. Num mundo cada vez mais digital e globalizado, onde as transações financeiras ocorrem de forma rápida e acessível, a literacia financeira torna-se ainda mais relevante. O fácil acesso ao crédito, a proliferação de investimentos de risco e o aumento das compras online exigem que os cidadãos possuam competências que os protejam de práticas abusivas, esquemas financeiros fraudulentos e decisões impulsivas que possam comprometer a sua estabilidade económica. Assim, a literacia financeira não só ajuda a evitar o sobre-endividamento, como também fomenta uma cultura de consumo informado e responsável. Além disso, a digitalização do sistema financeiro impõe novos desafios, como o uso de criptomoedas, o investimento em ativos digitais e a necessidade de proteger dados bancários contra cibercrimes. Ter conhecimentos financeiros sólidos permite que os cidadãos se adaptem a estas mudanças, fazendo escolhas seguras e estratégicas no ambiente digital. Por fim, a inclusão da educação financeira nos currículos escolares, desde cedo, complementada por iniciativas nacionais e programas de sensibilização, é crucial para preparar as futuras gerações para um mundo cada vez mais complexo e interligado. Ao desenvolver o pensamento crítico e a capacidade de analisar riscos e oportunidades financeiras, os alunos tornam-se agentes ativos na construção de uma sociedade mais justa, informada e economicamente sustentável. Dessa forma, a literacia financeira não beneficia apenas o indivíduo, mas toda a economia, promovendo um desenvolvimento mais equilibrado e consciente.
OBJETIVOS
- Fomentar o enquadramento das aprendizagens essenciais numa perspetiva de gestão curricular, de forma flexível;
- Analisar os documentos orientadores sobre Educação Financeira;
- Difundir conhecimentos básicos sobre conceitos financeiros (despesas, créditos, débitos);
- Distinguir o essencial do supérfluo;
- Sensibilizar para a necessidade de realizar um planeamento do orçamento familiar;
- Sensibilizar para a importância da poupança;
- Sensibilizar para situações de risco que podem afetar o rendimento das famílias;
- Promover a adoção de comportamentos financeiros adequados;
- Aumentar o nível de conhecimentos e da compreensão sobre questões financeiras básicas.
CONTEÚDOS
- Referencial de Educação Financeira: apresentação geral do tema.
- Educação Pré-Escolar.
- Temas e subtemas: adequação às orientações curriculares
- Ensino Básico.
- Educação Pré-Escolar.
1.2.1. A Educação Financeira e o Perfil dos Alunos à saída da escolaridade obrigatória
- A Educação Financeira aliada às Aprendizagens essenciais, enquanto elemento do Referencial Curricular.
- Documentos orientadores sobre a Educação Financeira.
- Apresentação de propostas de tarefas relacionadas com o tema.
- Desafios económicos e financeiros (que irão enfrentar ao longo da vida):
- planeamento do orçamento familiar,
- conceitos financeiros,
- despesas,
- créditos,
- débitos,
- poupança.
- Desafios económicos e financeiros (que irão enfrentar ao longo da vida):
- Apresentação de propostas de tarefas relacionadas com o tema.
METODOLOGIAS DE REALIZAÇÃO DA AÇÃO
Esta formação organiza-se da seguinte forma:
- O primeiro domínio apresenta o Referencial de Educação Financeira para a Educação Pré Escolar e Ensino Básico, bem como o Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória aliados às Aprendizagens Essenciais de Matemática, enquanto elementos do Referencial Curricular.
- O segundo domínio prende-se com a análise dos documentos orientadores sobre a Educação Financeira, bem como a apresentação de propostas de tarefas relacionadas com o tema que ajudem os alunos a compreender os desafios económicos e financeiros que irão enfrentar ao longo da vida, quer a nível pessoal, quer a nível social: planeamento do orçamento familiar, conceitos financeiros, despesas, créditos, débitos e poupança
As sessões serão de caráter teórico-prático, abordando os seguintes aspetos:
- Apresentação dos documentos emanados pelo Ministério da Educação e pelos supervisores financeiros (Banco de Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões), no âmbito do Plano Nacional de Formação Financeira.
- Exploração e resolução de tarefas/atividades relacionadas com a Educação Financeira.
CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS
A avaliação será qualitativa e quantitativa, expressa numa escala numérica de 1 a 10 valores, prevista na legislação que enquadra a formação contínua dos docentes da Região Autónoma da Madeira, nos termos da alínea k) do n.º 2, do Capítulo II do Anexo da Portaria n.º 36/2021, de 18 de fevereiro, com os parâmetros seguintes:
Excelente – de 9 a 10 valores; Muito Bom – de 8 a 8,9 valores; Bom – de 6,5 a 7,9 valores; Regular – de 5 a 6,4 valores; Insuficiente – de 1 a 4,9 valores.
BIBLIOGRAFIA
- Ministério da Educação e Ciência – DGE (2015). Caderno de Educação Financeira 1. Lisboa
¬- Ministério da Educação e Ciência – DGE (2016). Caderno de Educação Financeira 2. Lisboa
- Ministério da Educação e Ciência – DGE (2015). Referencial de Educação Financeira para a Educação Pré Escolar, Ensino Básico, Ensino Secundário e Educação e Formação para Adultos. Lisboa
- Ministério da Educação e Ciência – DGE (2017). Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Lisboa
- Ministério da Educação e Ciência – DGE (2021). Aprendizagens essenciais – Ensino Básico. Lisboa
Inscrição online:
https://www.spm-ram.org/spm_onsite/index.php?r=inscricao/create&id=686