
13 horas
Curso em processo de validação pela DRE
Data da Realização
30 de maio: 14h00-19h00
31 de maio: 09h00 – 13h00 / 14h30-18h30
FORMADORA
Dra. Tânia Pinto Psicanalista e Psicoterapeuta (Lisboa)
Docentes de todos os grupos de recrutamento
RAZÕES JUSTIFICATIVAS
As transformações profundas na sociedade têm vindo a refletir-se diretamente no percurso de aprendizagem e no bem-estar dos alunos, estando frequentemente associadas ao desgaste no exercício da profissão docente.
A docência é, por natureza, uma atividade com um papel decisivo na formação das novas gerações e na construção de uma sociedade mais justa e informada. No entanto, quando exercida em condições de trabalho desafiantes e frequentemente adversas, os docentes enfrentam múltiplos obstáculos que comprometem o seu equilíbrio profissional e emocional — fatores que, a médio e longo prazo, podem conduzir ao desgaste psíquico e à perda de motivação.
Por esta razão, considera-se especialmente pertinente a realização desta formação, cujo objetivo é apoiar os docentes na identificação dos fatores que contribuem para o sofrimento ou para o bem-estar no exercício da sua profissão, promovendo o reconhecimento de estratégias de defesa e resiliência, tanto individuais como coletivas. Ao promover o bem-estar dos professores, estamos, ao mesmo tempo, a investir na qualidade do ambiente escolar e no percurso educativo de cada aluno, por isso consideramos da maior importância realizar esta
formação no nosso Centro de Formação.
CONTEÚDOS
1.ª Sessão (5 horas) | 2.ª Sessão (4 horas) | 3.ª Sessão (4 horas) |
Apresentação da formação e dos intervenientesO que é trabalhar?Condições de trabalho e organização do trabalho.Normalidade, saúde e sofrimento. Trabalho e subjetividade (1)Inteligência no trabalho.Sofrimento e mobilização da inteligência.O prazer no trabalho. O trabalho coletivo.Inteligência coletiva e cooperação.Atividade deôntica.Identidade e reconhecimento. | Trabalho e subjetividade (2)Mecanismos de defesa vs estratégias de defesa.Estratégias coletivas de defesa e Estratégias individuais de defesa.A radicalização das estratégias de defesa.O enigma da servidão voluntária. Trabalho e saúde.Novas formas de organização do trabalho (New Public Management, avaliação individualizada e quantitativa do desempenho, precarização, organização gestionária e governança pelos números). Impacto na saúde. | O trabalhar docente (As questões práticas e científicas gerais sobre “trabalhar” serão apresentadas num constante diálogo e reflexão sobre as singularidades da atividade docente). Conclusão e balanço da formação. |
METODOLOGIA
As sessões têm um caráter teórico-prático.
Serão utilizados exemplos práticos e casos de estudo relevantes para o contexto escolar, a fim de promover a discussão e o debate sobre os temas abordados.
AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS
A avaliação será qualitativa e quantitativa, expressa numa escala numérica de 1 a 10 valores, prevista na legislação que enquadra a formação contínua dos docentes da Região Autónoma da Madeira, nos termos da alínea k) do n.º 2, do Capítulo II do Anexo da Portaria n.º 36/2021, de 18 de fevereiro, com os parâmetros seguintes:
Excelente – de 9 a 10 valores; Muito Bom – de 8 a 8,9 valores; Bom – de 6,5 a 7,9 valores; Regular – de 5 a 6,4 valores; Insuficiente – de 1 a 4,9 valores.
Critérios de avaliação:
*participação: iniciativa, espírito crítico e integração no grupo (20%)
*execução de trabalhos ao longo da formação: qualidade dos trabalhos e adequação às temáticas (60%)
*trabalho individual final: coesão e coerência, espírito crítico, aplicação de conhecimentos e adequação às temáticas (20%).
BIBLIOGRAFIA
DEJOURS, Christophe. (2011). Psicopatologia do Trabalho – Psicodinâmica do Trabalho. Laboreal, Vol. 7, nº1, pp 13-16.
DEJOURS, Christophe (2013). A sublimação, entre sofrimento e prazer no trabalho, Revista Portuguesa de Psicanálise, n°33/2, pp.9-28.
MARANDA, Marie-France e VIVIERS, Simon (2011). L’école en souffrance. Psychodynamique du travail en milieu scolaire. Presses de l’Université Laval.
ROLO, D. (2018). O trabalho: entre prazer e sofrimento. Revista TMQ, pp. 28-38.